Perfil de usuário - Ohana Boechat

O presente trabalho aborda o Empreendedorismo Feminino como rompimento de barreiras sociais e centrou-se na seguinte problemática: Como incentivar o protagon...

“A Matriz, antes de tudo, lhe deseja um Feliz Dia da Mulher! Preparamos uma pequena homenagem a Preparamos uma pequena homenagem a partir de um poema retirado do livro "Milk and Honey" (Outros Jeitos de Usar a Boca), da autora Rupi Kaur."

Esse cartaz traz consigo uma interpretação visual da música Another Brick in the Wall da banda Pink Floyd. Considerando que o ambiente acadêmico é aquele em que o aluno deve explorar, conhecer, criticar, transformar sua realidade e fazer a diferença nela, muitas vezes os alunos passam despercebidos, como meros corpos no espaço que só têm a função de ocupar. Utilizando a longa-exposição, criou-se uma ideia de passagem no tempo no fundo, que faz ligação com a ideia daquilo que é passageiro. O modelo ao centro está numa pose desafiadora, ao invés de estar apenas vagueando como os demais, ele está parado, se impondo. Também se utilizou as linhas, para guiarem os olhos para o modelo principal. O uso do lettering com a frase “You’re just another brick in the wall” (Você é somente mais um tijolo no muro) trabalha como uma provocação ao espectador, transmitindo a ideia: “você é somente um tijolo no muro?”.

Esse cartaz representa a ideia de que cada pessoa reflete ou quer refletir, o seu futuro. O uso do espelho é por conta de sua simbologia, de traduzir e transmitir aquilo que realmente há no coração e na consciência de cada pessoa. O reflexo visto, é de uma modelo mais velha que a modelo principal, abordando a ideia dos jovens se inspirarem nos mais velhos, se refletirem nos seus modelos e ainda sim, permanecer com seus próprios valores. Utilizando-se da manipulação de imagens, criou-se o reflexo no espelho. O tratamento das cores e luz foi utilizado para realçar o olhar das duas modelos. No lettering foi usado um trecho (“Isto está sempre acima de você, se você quiser assim”) da letra “School” do grupo musical Supertramp que fala justamente sobre a jornada escolar e entender os mais velhos, porém reforça a ideia que está apenas no poder do aluno decidir o que ele será, sem perder os traços da sua individualidade e personalidade.

Esse cartaz apresenta a ideia de que cada estudante traz consigo traços individuais de personalidade: ideologia, modos de pensar, entender o seus princípios e motivações. A ideia da fotografia foi chamar a atenção para o fato de que, atrás de cada livro, há uma pessoa com ideais e ideias - distintas ou não - disposta a lutar pelos mesmos. Para transmitir essa mensagem, utilizou-se de contrastes entre os estudantes para realçar o brilho e proporcionar o destaque de uma pessoa que está expondo sua opinião e ideais perante aos outros. O lettering trás a frase da música “Ideologia” do músico Cazuza, a letra fala sobre todo uma geração que viveu no vazio onde não conseguia achar uma motivação certa para seguir sua vida, algo necessário. Na peça essa frase se encaixa na ideia de ir além do que é pregado no nosso meio, pensar além da nossa bolha cotidiana e achar motivações internas que possam trazer vontade de perseguir com sua vida lutando. E assim não se o ideias que não são suas.

O cartaz representa o estudante como dono da sua própria individualidade, quando ele se retira dos padrões impostos pela comunidade acadêmica e demonstra sua identidade. Quando estamos na rotina de estudante somos colocados em um papel de ser mais um número matriculado que precisa fazer várias atividades dentro do cronograma, mas ser aluno e ser humano vai muito além disso, cada um tem sua personalidade e deve mostrá-la. Por isso foi escolhida o trecho da música do Barão Vermelho “Pro dia Nascer Feliz”, presente no lettering, que discute nossas rotinas em busca da felicidade. A montagem da fotografia e a edição procuraram fazer esse contraste entre a modelo e os demais estudantes, em um ambiente comum nos intervalos da vida acadêmica. Ela é a única olhando pra câmera, como se soubesse o seu lugar de atuação sendo um destaque entre os demais. Algo que foi reforçado também pela edição, usando cores mais saturadas para poder colocá-la em evidência na peça.

A peça foi inspirada no filme “A sociedade dos poetas mortos” do diretor Peter Weir, a cena original acontece no fim do filme quando os estudantes consagram o professor de literatura recém-demitido, que os ajudaram na busca de sua individualidade, eles sobem na mesa se rebelando contro o sistema da escola interna que era bastante rigorosa e criava alunos “perfeitos” mas sem identidade. A frase é retirada do poema de Walt Whitman, um jornalista e poeta do século XIX, referente a morte do presidente Abraham Lincoln. No cartaz foi importante, como nas outras peças, tentar destacar o modelo dos demais estudantes com o uso de um figurino que o representasse e de uma edição mais vibrante e focalizada. O lettering aparece com a frase do filme fazendo referência direta a mensagem que ela quer passar, dos alunos tentarem ser eles mesmos independente das expectativas e o que é esperado pela comunidade acadêmica. Elementos secundários, como o projetor e algumas luzes, foram editados para dar mais destaque aos elementos principais da peça.